Curiosidades [2]
A medicina medieval tinha como objectivo de tratamento restaurar nos doentes, o equilíbrio entre o quente e o frio. Como o ergotismo era considerada uma doença muito quente, deveria ser tratada com elixires refrescantes, peixe e água, maçãs e raiz de mandrágora. [2]
O sumo da maçã de mandrágora, ficou conhecida como “Devil’s Apple” (maçã do diabo) isto porque era também usado como analgésico, mas overdoses causavam mortes prematuras. Estas eram provocadas pela presença de dois alcalóides (hiosciamina e hioscina) com actividade parassimpática e que causam: midríase, bradicardia, diminuição da secreção glandular e alucinações visuais (especialmente a sensação de voar). [2]
 fig.12
O famoso tríptico sobre as tentações de Santo António de Hyeronimus Bosch (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa) traduz não só as tentações de Santo António, mas também todos os tratamentos “refrescantes” para o ergotismo, incluindo as maçãs e raiz de mandrágora, bem como doentes em sofrimento, e ainda estranhas aeronaves a voarem. [2]
Desta forma, as pessoas eram duas vezes envenenados com alucinogénios: da primeira vez com a cravagem do centeio e depois com os alcalóides da mandrágora. [2]
 fig.13
Esta temática – alcalóides da cravagem de centeio – também já foi utilizada como inspiração para um episódio da aclamada série médica norte-americana criada por David Shore – Dr. House – vencedora de 2 globos de ouro.
No episódio “Guardian Angels” poderemos ver uma doente que sofre de uma intoxicação por alcalóides da cravagem do centeio. Dos sintomas apresentados, é de realçar as alucinações e a vasoconstrição periférica que leva à gangrena, sintomas estes bem evidentes ao longo do episódio.
fig.14
POSTADO POR: ALEX SANDERSON BRAGA CASTELO
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